Cefaléia Tensional: Saiba o que é, Sintomas e Mais

Muita gente acredita que dor de cabeça é tudo igual – e quem pensa assim não poderia estar mais errado. Cada tipo de cefaleia (nome científico da dor de cabeça) possui características únicas, tanto com relação a sintomas, quanto à duração deles e seus tratamentos. Uma das mais comuns é a cefaléia tensional (CTT), muito frequente na população. Recebe duas subclassificações e tem como principal sintoma as dores em forma de pressão ou aperto.

Sintomas da cefaléia tensional

Também chamada de cefaléia de contração muscular ou cefaléia psicogênica, essa dor de cabeça teve muitas divergências sobre suas características. Essa confusão durou até 1998, quando a International Headache Society (IHS) – Associação Internacional da Dor de Cabeça, em tradução livre – elencou definições sobre essa dor de cabeça.

Depois disso, ela ficou caracterizada como uma dor ou sensação de aperto e pressão nas regiões frontal, temporal occipital e parietal (ou, em bom português, na parte da frente, nos lados e na parte de trás da cabeça)¹. Essa dor é freqüentemente relacionada com a contração prolongada dos músculos da cabeça e do pescoço, que são muitas vezes uma reação do corpo a situações de estresse¹.

Toda cefaléia tensional é classificada como episódica ou crônica. A classificação vai depender da duração e da frequência dos episódios de dor de cabeça.

Cefaleia tensional episódica:

  • causa uma dor contínua, que dá a sensação de pressão ou aperto, com uma intensidade que varia de leve à moderada¹;
  • também pode acompanhar um desconforto na região cervical¹;
  • não apresenta pródomos¹, que são aqueles sintomas que aparecem antes da dor de cabeça (como fadiga, bocejos, retenção de fluido, dor muscular e alteração de humor);
  • também não causa aura¹ (sintomas visuais como pontos luminosos e escuros e linhas em zig-zag).

Cefaleia tensional crônica:

  • causa dores que duram no mínimo quinze dias do mês, durante uma faixa de tempo que varia de três a seis meses¹;
  • a maioria das pessoas que sofre com esse problema relata que as crises de dor de cabeça são diárias¹;
  • os sintomas iguais aos da dor de cabeça tensional periódica, mas podem ser associados e agravados por patologias da esfera psicoafetiva (por exemplo, depressão ou ansiedade)¹.

Causas

As causas da cefaléia tensional estão intrinsecamente ligadas à tensão muscular e ao estresse. O estresse do dia a dia, a ansiedade, a preocupação excessiva e as emoções intensas podem contrair os músculos do pescoço e dos ombros, desencadeando a dor de cabeça. Além disso, a má postura, seja por longas horas em frente ao computador ou por dormir em posições desconfortáveis, também contribui para o tensionamento muscular e, consequentemente, para as cefaléias.

Tratamento

O tratamento da cefaléia tensional é terapêutico e sintomático. Os sintomas podem ser amenizados com analgésicos comuns ou antiinflamatórios não esteróides. E como ela é causada por tensão exagerada dos músculos, algumas atividades de relaxamento podem ajudar a aliviar as dores. Tente praticar exercícios de ioga, meditação transcendental e fazer massagens suaves na musculatura do crânio¹.

A automedicação não é recomendada, procurar um profissional da área é sempre indicado.

Prevenção

A melhor maneira de prevenir a cefaléia tensional é abordar os fatores desencadeantes. Aqui estão algumas dicas:

  • Gestão do estresse: Aprenda técnicas de relaxamento, como meditação ou yoga, para gerenciar o estresse.
  • Melhora da postura: Certifique-se de manter uma postura correta ao sentar, ficar em pé e dormir.
  • Exercício regular: A atividade física regular pode ajudar a reduzir a tensão muscular.
  • Sono adequado: Certifique-se de obter um sono suficiente e de qualidade.
  • Dieta equilibrada: Uma dieta saudável pode ajudar a prevenir a dor de cabeça.

Entendeu melhor sobre o assunto?

A cefaléia tensional é uma condição comum que pode ser muito desconfortável. Embora não haja uma cura definitiva, existem várias opções de tratamento disponíveis. Se você sofre de cefaléia tensional, não hesite em procurar ajuda médica!

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Referências:

  1. Wilson Luiz Sanvito, Paulo Hélio Monzillo. Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: CEFALÉIA. out-dez 1997; 30:437-448.

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