Intolerância ao Glúten: O Que é, Causas, Sintomas e Mais

Você já ouviu falar sobre intolerância ao glúten? É um tema que tem ganhado cada vez mais destaque nos últimos anos. Mas o que é exatamente intolerância ao glúten e como ela afeta a vida das pessoas? Vamos descobrir juntos!

O que é glúten?

Antes de falarmos sobre intolerância, é importante entender o que é glúten. O glúten é uma proteína presente em vários cereais, como trigo, centeio, cevada e aveia¹. Também é responsável pela elasticidade e textura de produtos como pão, macarrão e biscoitos. Por isso, quem sofre com intolerância ao glúten acaba tendo dificuldades em tirá-lo da dieta.

O que é intolerância ao glúten?

A intolerância permanente ao glúten é chamada de Doença Celíaca (DC). Ela envolve fatores genéticos, imunológicos e ambientais genética e causa lesões no intestino delgado¹. Isso faz com que os alimentos não sejam absorvidos corretamente pelo organismo². A DC é a intolerância alimentar mais comum do mundo².

Quando se manifesta?

Geralmente é descoberta na infância, quando os pais começam a colocar cereais na dieta das crianças². Essa é a chamada DC clássica, que se manifesta quando alguém ingere alimentos com glúten, afetando o sistema gastrointestinal.

Quais os sintomas?

  • dor abdominal³;
  • distensão abdominal (inchaço no abdômen)³;
  • dificuldade em absorver os alimentos³;
  • diarreia crônica (muito frequente)³;
  • perda de peso e flatulência³.

Além da clássica, existem mais três formas: não-clássica, latente e assintomática¹.

  • DC não-clássica: não causa tantos sintomas gastrointestinais. Ao invés disso, gera problemas como anemia por deficiência de ferro, osteoporose, infertilidade e baixa estatura³.
  • DC assintomática: não apresenta nenhum sintoma perceptível. O diagnóstico da DC assintomática precisa exclusivamente de exames específicos³.
  • DC latente: pessoas que acabam desenvolvendo a intolerância ao glúten ao longo da vida³.

Causas da intolerância ao glúten

A causa exata da intolerância ao glúten ainda não é totalmente conhecida. No entanto, acredita-se que possa estar relacionada a fatores genéticos e ambientais.

Como tratar

A única forma de evitar os sintomas da intolerância ao gúten – que não tem cura, já que é genética – é não consumir alimentos que possuam glúten². Porém, isso é muito difícil, já que essa substância está nos cereais usados em muitos alimentos. A dica é substituir alguns alimentos por suas versões sem glúten. Também é importante organizar a cozinha para separar alimentos com glúten dos sem glúten – como usar recipientes com cores diferentes e rótulos para identificar.

Dicas para seguir uma dieta sem glúten

Aqui estão algumas dicas para ajudar você a seguir uma dieta sem glúten:

  • Leia os rótulos: Verifique sempre os ingredientes dos alimentos para identificar a presença de glúten.
  • Cuidado com a contaminação cruzada: Evite o contato entre alimentos sem glúten e alimentos que contêm glúten.
  • Experimente novos alimentos: Descubra novas opções de alimentos sem glúten para variar sua alimentação.

Outros tratamentos

Além da dieta, em alguns casos, o médico pode recomendar suplementos nutricionais ou medicamentos para tratar sintomas específicos.

Mitos e verdades sobre a intolerância ao glúten

Existem muitos mitos e verdades sobre a intolerância ao glúten. Vamos esclarecer alguns deles:

Mito 1: Todos são intolerantes ao glúten

Nem todo mundo é intolerante ao glúten. A maioria das pessoas pode consumir alimentos que contêm glúten sem problemas.

Mito 2: A dieta sem glúten é milagrosa

A dieta sem glúten pode ajudar a aliviar os sintomas da intolerância ao glúten, mas não é uma solução mágica para todos os problemas de saúde.

Conseguiu entender melhor sobre o assunto?

A intolerância ao glúten é uma condição que pode afetar a qualidade de vida de muitas pessoas. No entanto, com o diagnóstico adequado e o tratamento correto, é possível controlar os sintomas e viver uma vida saudável.

Referências:

  1. Sdepanian VL, Morais MB, Fagundes-Neto U. Doença celíaca: a evolução dos conhecimentos desde sua centenária descrição original até os dias atuais. Arq Gastroenterol. 1999 out-dez [acesso em 2015 out 27];36(4):2442-57. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ag/v36n4/6852.pdf>.
  2. RIto Nobre S, Silva T, Pina Cabral JE. Doença celíaca revisitada. J Port Gastrenterol. 2007 set-out [acesso em 2015 out 27];14:184-193. Disponível em: <http://www.doencasdofigado.com.br/guide_lines/DCA%20CELIACA%20III.PDF>.
  3. Gama e Silva TS, Furlanetto TW. Diagnóstico de doença celíaca em adultos. Rev Assoc Med Bras. 2010 [acesso em 2015 out 27];56(1):122-6. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ramb/v56n1/27.pdf>.

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