A obesidade é o acúmulo de gordura no organismo além da necessidade. Tecnicamente, sempre que houver maior ingestão de calorias (através dos alimentos) do que o gasto energético do corpo haverá acúmulo de calorias na forma de gordura. O corpo humano armazena estas calorias extras nesta forma porque é o meio mais eficaz, armazenando o dobro de calorias no mesmo peso do que se estivesse armazenando como carboidrato ou proteína.
Com as facilidades da vida moderna, como elevadores, escadas rolantes, controles remotos e automóveis, o homem não precisa mais se esforçar fisicamente. Isso diminui o gasto de energia na forma de calorias. Por outro lado, a facilidade em adquirir os “fast foods” e alimentos prontos congelados mudaram o padrão alimentar do homem moderno, que passou a consumir mais gordura na forma de frituras, óleos, maioneses, chocolates e sorvetes cremosos.
ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA – IMC
Dividindo-se o peso em quilos pelo quadrado da altura em metros obtém-se um número que é chamado de Índice de Massa Corpórea – IMC. O IMC normal é de 18 a 24,9, sendo que de 25 a 29,9 é considerado sobrepeso. De 30 a 34,9 é obesidade grau I, de 35 a 39,9 é obesidade grau II e acima de 40 é obesidade grau III ou obesidade mórbida. Acima de 50 é chamado de super obesidade. A obesidade caracteriza-se também como um problema de natureza estética e psicológica, além de ser um grande risco para a saúde.
INSATISFAÇÃO COM O PESO CORPORAL
Sabemos que a relação de um indivíduo para com os outros parte da forma como os nossos sentidos actuam e despertam em nós sensações de atracção ou de repugnância. Sendo a visão um dos sentidos, a imagem corporal que a pessoa possui é indispensável a uma vida saudável. A importância da mesma leva a que a pessoa se preze consigo, sabendo que a positividade deste factor contribui, não só para o desenvolvimento de relações com a sociedade, mas com a auto-estima e carisma presente em cada um de nós. Esta imagem corporal reflecte como vemos e o que vemos no Mundo. Através das interacções com os outros, modificamos a nossa imagem, em função do que gostamos e do ambiente que vivemos. Recolhendo todos estes dados, podemos afirmar que a imagem corporal é directa- mente influenciada por factores fisiológicos, psicológicos e sociológicos. E aqui entra o problema.
O peso corporal está relacionado com a imagem corporal que transpomos. Dentro das possibilidades do peso corporal de uma pessoa, encontra-se uma fase em que a pessoa excede o peso ideal que deveria ter, sendo chamada de pessoa obesa. Assim, o peso corporal também é influenciado pelos factores acima referenciados e consequentemente a obesidade é um problema derivado do mesmo.
Quando se sente um descontentamento grande em relação à imagem corporal que fazemos transparecer, a tendência generalizada é o começo de dietas inadequadas, ingestão emocional e compulsiva, distúrbios na alimentação que podem geram a problemas ainda mais graves (anorexia, bulimia), exercício excessivo e diminuição da capacidade cognitiva. São cada vez mais as pessoas que ficam descontentes com a sua imagem corporal devido a factores desta natureza. É por isso que a imagem corporal é também cada vez mais conhecida como um problema médico e psicológico.
A referência a comportamentos perante a insatisfação com o peso corporal pode tender para um aumento excessivo de peso (quando a pessoa é/acha que é magra) ou para uma diminuição drástica de peso (quando a pessoa é/acha que é gorda).
Neste momento, são muito mais as pessoas que tendem para comportamentos de perda de peso do que as outras. No entanto, é de salientar que embora muitas pessoas o tentem, são poucas aquelas que realmente conseguem atingir plenamente os objectivos propostos. A consciência de que é necessário mudar é dos pontos mais importantes nesta área. Se a pessoa está insatisfeita ou está mesmo com problemas graves de saúde, a iniciativa pessoal é essencial. Só assim se pode tornar uma pessoa receptiva à implementação de programas e tratamentos adequados à doença em questão.
Obesidade Mórbida
A obesidade mórbida é assim chamada devido ao fato de ser uma condição causadora de morbidade ou doença por si só. Obesos mórbidos tem mais tendência ao diabetes mellitus (açúcar no sangue), à hipertensão arterial (pressão alta) e a problemas cardíacos e pulmonares (coração e pulmão). O tratamento é a partir de dietas e medicamentos inibidores do apetite, podendo até culminar com a necessidade de cirurgias para os obesos mórbidos refratários ao tratamento medicamentoso e dietoterápico. Estes procedimentos cirúrgicos são em geral conhecidos como gastroplastias e só devem ser feitos após avaliação de um clínico, um nutricionista, uma psicóloga e uma fisioterapêuta, além do cirurgião. Equipes bem formadas podem também contar com enfermeiros, assistentes sociais, profissionais de educação física e outros.

Autor do livro Guia do Nerd Curioso. Desde pequeno gosto de desmontar coisas para ver como elas funcionam, hoje transformei isso em profissão e ganho a vida aprendendo e ensinando outras pessoas. Sou professor, escritor e cientista amador.